segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pode ser a gota d'água


Qual a medida certa? Preciso encontrar respostas imediatas para indagações surpresas. Ultimamente as indagações chegam e se instalam sem pressa para sair, folgadas, isso que elas são. Vez e outra encaram-me com voracidade capaz de incitar questionamentos intermináveis: Qual a medida certa? Certamente a medida em questão está curiosa quanto as minhas desmedidas.

Fazer-se (des)medido não é fácil e entender o valor da medida certa é muito mais complicado para quem preserva uma vidinha pacata. Lembro-me que li algo sobre transbordar e achei válido; Amar é um ato de transbordamento, perdoar também é deixar-se transbordar e isso não vem à conta gotas.

O que eu quero dizer é que só sabemos a medida quando questionamos o certo; Posso preferir dosagens alternadas de felicidade e angústia, seriedade e loucura, beijos e tapas, por que não? Essa é a minha forma de calcular o equilíbrio, é o meu caráter, sou eu. Sustentar-se assim, saudavelmente bêbado, condiz com essa realidade em que estar sóbrio não significa muita coisa. Certo?

(José Avelino)

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